DCE Livre da USP https://www.dceusp.org.br Site do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo. Thu, 26 Oct 2017 12:24:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2 REITORIA DE ZAGO QUER IMPEDIR ELEIÇÃO PARA O DCE LIVRE DA USP https://www.dceusp.org.br/2017/10/reitoria-de-zago-quer-impedir-eleicao-para-o-dce-livre-da-usp/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=reitoria-de-zago-quer-impedir-eleicao-para-o-dce-livre-da-usp https://www.dceusp.org.br/2017/10/reitoria-de-zago-quer-impedir-eleicao-para-o-dce-livre-da-usp/#respond Thu, 26 Oct 2017 12:24:39 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3622 Nos dias 7, 8 e 9 de Novembro, acontecerão as eleições para o DCE Livre da USP Alexandre Vannucchi Leme, a entidade máxima dos estudantes da USP. O Diretório é parte fundamental da organização dos estudantes e se consagrou através da sua história como referência de luta e representação dos estudantes e dos seus interesses.

No dia 20 de Outubro, o DCE-Livre, responsável pela organização das eleições, solicitou, frente à Pró-Reitoria de Graduação a impressão das listas de alunos de graduação matriculados em 2017. A impressão das listas demanda um trâmite simples (basta a autorização da Pró-reitoria) e é fundamental para a realização das eleições da USP. As listas emitidas pela universidade comprovam os estudantes regularmente matriculados e, portanto, aptos a votar no semestre. Dentro do padrão de lisura envolvido nas eleições estudantis, trata-se de critério tido como fundamental pelo DCE-Livre. Além disso, trata-se de procedimento padrão da universidade quando se apresenta demanda de qualquer entidade e, sobretudo, da entidade representativa dos estudantes.

No entanto, nesse ano a reitoria se nega a ceder as listas. No e-mail enviado pela Secretaria Geral, a pedido de Dr. Ignacio Maria Poveda Velasco, em resposta ao ofício feito à pró-reitoria de graduação, informam que o pedido foi indeferido, com a justificativa de que a solicitação possui caráter pessoal e de que “embora o DCE seja entidade legítima da representação estudantil.não integra a estrutura da Administração desta Universidade”. Após o golpe da reitoria na Representação Discente em 2016, essa vem sendo a desculpa para inviabilizar as eleições que dizem respeito aos estudantes e as suas entidades. A conquista da autonomia estudantil para debater os rumos do movimento de estudantes é uma conquista histórica, trazida pela democratização do Brasil e da qual o DCE-Livre jamais abrirá mão. É absurda a tentativa da reitoria de obstaculizar as eleições! Na ocasião que seja, consideramos ser obrigação da pró-reitoria atender às demandas oficiais de qualquer entidade legítima.

Não permitiremos que qualquer medida deste perfil prejudique as eleições que ocorrerão nos dia 7, 8 e 9 de Novembro de 2017, com a qual o DCE-Livre se compromete definitivamente. Denunciamos como ainda mais absurda a represália da reitoria sobre a entidade, que busca deslegitimá-la ao agir de forma desrespeitosa diante do pedido para realização de eleições democráticas.

Exigimos publicamente a resolução imediata deste impasse e nos comprometemos a seguir informando os estudantes sobre o andamento da questão. A impressão das listas é uma medida simples (ao mesmo tempo importante para o movimento estudantil) e que deve ser imediatamente encaminhada pela Pró-reitoria de Graduação, sob risco da administração da USP demonstrar, com sua atitude atual, animosidade inconcebível perante os estudantes da USP

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Regimento Eleitoral do DCE Livre da USP e Representação Discente nos Conselhos Centrais – 2017 https://www.dceusp.org.br/2017/10/regimento-eleitoral-do-dce-livre-da-usp-e-representacao-discente-nos-conselhos-centrais-2/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=regimento-eleitoral-do-dce-livre-da-usp-e-representacao-discente-nos-conselhos-centrais-2 https://www.dceusp.org.br/2017/10/regimento-eleitoral-do-dce-livre-da-usp-e-representacao-discente-nos-conselhos-centrais-2/#respond Tue, 24 Oct 2017 17:34:03 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3614 Regimento Eleitoral 2017: REGIMENTO ELEITORAL DO DCE–LIVRE DA USP (1)

Declaração de pertencimento à chapa: DECLARAÇÃO

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A Folha de SP se rendeu, nós não https://www.dceusp.org.br/2017/02/a-folha-de-sp-se-rendeu-nos-nao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-folha-de-sp-se-rendeu-nos-nao https://www.dceusp.org.br/2017/02/a-folha-de-sp-se-rendeu-nos-nao/#respond Fri, 24 Feb 2017 19:10:22 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3607 A Folha de SP se rendeu, nós não

Foi-se o tempo em que o jornalismo brasileiro era marcado pela contradição corajosa no posicionamento e pela dedicação honesta ao debate de ideias. Não é de hoje que a Folha de SP cumpre um desserviço ideologizado à sociedade, sobretudo quando o assunto é a educação. Afinal, desde quando tornou-se um erro investir no ensino público?

Uma das falhas mais graves e evidentes dentre os mais de 20 anos de governo tucano em SP é o descaso programado com a educação pública. Nossa geração cresceu ouvindo dos pais que na época deles a escola pública era quase nivelada pela excelência. A tristeza é ver hoje estas instituições sucateadas, com professores contratados sob regimes precários e salas superlotadas. De geração para geração, este é um fato escancarado. Não por menos, foi massivo o apoio às mais de 700 escolas ocupadas por estudantes secundaristas no estado contra a Reorganização Escolar de Alckmin.

Pois bem, sabe-se que há algum tempo a crise econômica tomou as universidades. Depois de cortes federais escandalosos na verba da educação, a narrativa do “irremediável” ganhou força – pedir mais investimento para a educação, apesar de óbvio, parece hoje uma grave infração à manutenção da ordem, com direito à gás lacrimogêneo e bala de borracha.

Acontece que a USP, UNESP e UNICAMP são universidades geridas pelo governo do principal estado do país. A verba vem do repasse de determinada porcentagem da arrecadação líquida do ICMS (USP, 5%; Unicamp e Unesp, 2,2% e 2,3%, respectivamente). As universidades paulistas deveriam, portanto, ter uma certa estabilidade.

Impressiona no editorial da Folha de SP o desprezo por uma lei que garante a indiscutível necessidade de estabilidade financeira das universidades paulistas, dentre elas, a principal universidade da América Latina. Como se o investimento público em educação fosse um privilégio e não um dever – negligenciado – do Estado para com todo o sistema educacional. A lógica é: se a USP revela a crise da educação no país, acabe-se com a USP também. A contradição é que a própria Folha já relatou que o repasse estadual às universidades paulistas não é feito por completo há alguns anos, logo, nem considerando-se como “privilégio”, essa estabilidade é garantida.

O editorial da Folha defende a proposta do reitor Marco Antônio Zago de amputar os gastos da USP, considerando que se gasta 105% do orçamento com folha de pagamento. Mas afinal, se a USP não recebe 5% do ICMS líquido há tempo, de qual montante estamos falando? A proposta, nomeada “Parâmetros de Sustentabilidade da Universidade de São Paulo”, diz que se o gasto com a folha de pagamento estiver acima de 80% do Repasse do Tesouro do Estado, então estão proibidos os reajustes de salários, além disso, também está proibida a contratação de novos funcionários, independentemente de quaisquer outros critérios ou necessidades da universidade. Além disso, o pacote de Zago prevê que 40% do quadro de servidores devem ser de docentes, no entanto, também prevê o congelamento das contratações, ou seja, para que essa proporção fosse ajustada seria preciso demitir mais 5.000 funcionários – que hoje fazem funcionar laboratórios, museus, bibliotecas etc. Como é possível preservar a USP aplicando um projeto que desmonta seus pilares fundamentais de funcionamento? Aprovada “PEC do Fim da USP”, veremos o fim da Universidade de São Paulo como um polo de excelência e referência internacional. Quem sabe, seremos nós a contar pros nossos filhos como era a época em que a universidade pública fora de qualidade.

A Folha de SP se rende ao discurso raso do governo do estado porque depende disso. Quem vive o dia a dia da USP sabe a dificuldade que é a permanência em tempos em que os palácios travam um confronto ideológico contra a educação pública. Faltam bolsas, creches são fechadas, moradias estão precarizadas. É inacreditável que a grande mídia se preste a discursar contra estudantes e professores, num cenário em que a educação pede socorro ao mesmo tempo em que os poderosos se afundam na lama da corrupção. Será que não se lembram do escândalo de corrupção envolvendo contratos da Fundação da USP, cujo presidente do conselho curador, sujeito que aprovou tais contratos, era o próprio reitor Marco Antônio Zago? A cobertura deste caso falhou coincidentemente? De que lado está a Folha? Será que a solução, sinceramente, passa por precarizar a Universidade de São Paulo?

Por fim, é com a consciência limpa e a alma cheia de esperança na luta que os estudantes, funcionários e professores da USP estão articulados, junto com a UNESP e a UNICAMP. São tempos difíceis, mas faremos dos nossos pés coração para defender a maior universidade do Brasil. Corajosos são os nossos que não se rendem – como a querida professora Adriana Tufaile – e que se posicionam contra a vontade da reitoria, mesmo que isto lhes custe o desgaste nas relações internas. Não seremos lembrados como aqueles que apoiaram o fim da universidade pública no Brasil. Não deixaremos a USP acabar!

 

Gestão Travessia 2017 – DCE Livre da USP “Alexandre Vannucchi Leme”

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Estudantes contra Zago e o Pacote do Fim da USP. Todos ao ato dia 07/03! https://www.dceusp.org.br/2017/02/estudantes-contra-zago-e-o-pacote-do-fim-da-usp-todos-ao-ato-dia-0703/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=estudantes-contra-zago-e-o-pacote-do-fim-da-usp-todos-ao-ato-dia-0703 https://www.dceusp.org.br/2017/02/estudantes-contra-zago-e-o-pacote-do-fim-da-usp-todos-ao-ato-dia-0703/#respond Fri, 24 Feb 2017 18:28:15 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3605 No dia 07/03 o Conselho Universitário, orgão máximo de deliberação da USP, terá como pauta imposta por Zago um ataque nunca visto na história das universidades estaduais. O reitor, assessorado pela empresa privada de consultoria Mckinsey, quer terminar a sua gestão tendo tornado concreto o que até então parecia apenas um pesadelo mais ou menos distante: a precarização profunda da Universidade de São Paulo através do assalto a seu caráter público. Zago e a Mckinsey querem congelar os gastos da USP, ou seja, juntos querem livrar São Paulo dos custos com a Universidade de São Paulo, tornando-a mais uma instituição de ensino à serviço dos lucros privados.
A proposta, nomeada “Parâmetros de Sustentabilidade da Universidade de São Paulo”, diz que se o gasto com a folha de pagamento estiver acima de 80% do Repasse do Tesouro do Estado, então estão proibidos os reajustes de salários, além disso, também está proibida a contratação de novos funcionários, independente de quaisquer outros critérios ou necessidades da universidade e em confronto direto com os direitos conquistados dos trabalhadores. Já se o gasto for maior do que 85%, aí a USP pode ir ainda mais longe: deve “eliminar o excedente”, ou seja, exoneração (demissão e eliminação do cargo) de funcionários concursados! Além disso, o pacote de Zago prevê que 40% do quadro de servidores devem ser de docentes, no entanto, para que essa proporção fosse ajustada hoje seria preciso demitir mais 5.000 funcionários, que hoje fazem funcionar diversos laboratórios, museus, etc.
Não se trata somente de um ataque brutal aos funcionários, mas também a todo um projeto de universidade pública e gratuita. Esse pacote proposto para o próximo CO é o ponto final de uma gestão marcada pela anti-democracia e pela destruição da Universidade de São Paulo: ataque e perda dos espaços estudantis e do sindicato, demissão de funcionários e perda de salário, fim da eleição democrática para representação discente, cortes em permanência e pesquisa, fechamento da creche, acobertamento de violência machista no campus e, agora, um pacote de premissas para conter gastos às custas da precarização do ensino, da pesquisa e da extensão. Tudo isso, sem que se possa mudar ou revogar até 2022, a não ser que se tenha ⅔ dos membros do Conselho Universitário.
O reitor do não-diálogo quer aprovar o seu pacote de atrocidades sem nenhuma consulta aos estudantes, funcionários e professores, enquanto ele e a burocracia universitária mantém os seus privilégios e enquanto gasta 632 mil reais para cercar o espaço da ECA (Faculdade de Comunicação e Artes). Por um lado, tenta se apoiar em um Conselho Universitário em que ⅓ da sua composição é de dirigentes de fundações privadas e que desrespeita a Lei de Diretrizes e Bases que exige 15% de representação discente, por outro, quando perde, como na votação a respeito do fechamento da Creche Oeste, dá um golpe como quem se acha rei. Inaceitável. Mas nós, do outro lado da grade, não aceitamos o pacote de atrocidades de Zago e Mckinsey e, junto aos alunos que estão ingressando agora na universidade, nos posicionaremos em defesa dos nossos direitos, pela democratização da USP e por uma saída à crise que respeite os nosso direitos e a função da educação pública, pelo diálogo construtivo da reitoria com a comunidade universitária e a sociedade e pela busca de um financiamento público viável!
Nós estudantes junto aos funcionários buscaremos tudo ao nosso alcance para barrar esse retrocesso: No dia 07 de Março, convocamos todos os estudantes, veteranos e calouros, para um grande ato em frente à reitoria! Não deixaremos que o pacote da reitoria seja aprovado sem resistência!
Assinam:
DCE LIVRE DA USP “ALEXANDRE VANNUCCHI LEME”
CAMAT (Centro Acadêmico do IME)
GFAU (Grêmio da FAU)
GUIMA (Centro Acadêmico de Relações Internacionais)
CALC (Centro Acadêmico da ECA)
CEGE (Centro Acadêmico da Geografia)
CAFB (Centro Acadêmico da Farmácia)
XXXI (Centro Acadêmico da Enfermagem)
CAASO (Centro Acadêmico do campus de São Carlos)
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Ata | Conselho de Centros Acadêmicos (CCA) Eleitoral – 21/09/2016 https://www.dceusp.org.br/2016/09/ata-conselho-de-centros-academicos-cca-eleitoral-21092016/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ata-conselho-de-centros-academicos-cca-eleitoral-21092016 https://www.dceusp.org.br/2016/09/ata-conselho-de-centros-academicos-cca-eleitoral-21092016/#respond Sun, 25 Sep 2016 22:52:41 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3589 Ata CCA Eleitoral – 21/09

 

CA’s presentes: XXXI, AEQ, CAMAT, GUIMA, XXV jan, CAII, CAHis, CAVC, CALC, CAPPF, Cefisma, CAMRN, CEN, CAEP, CAELL, CAFB, CEE, CAM, CMR, CEPEGE, GPOLI, CABIO, Ceupes, CEC, CARF, CAOC, CAER.

 

  1. Calendário:

 

 

  • Proposta da mesa:

– 24/10:  Reunião comissao eleitoral

– 27/10:  Inscrição de chapas

– 02/11:  Carimbagem das cédulas

– 8, 9 e 10/11:  Eleições – urnas abertas

– 11/11:  Apuração

– 19/11:  CCA de posse

  • Proposta de alteração das datas:

– 03/11: Carimbagem

– 25/10: Inscrição de chapas

– 22/10: Reunião da Comissão eleitoral

Aprovadas por aclamação.

 

Calendário final:

– 22/10:  Reunião comissao eleitoral

– 25/10:  Inscrição de chapas

– 03/11:  Carimbagem das cédulas

– 8, 9 e 10/11:  Eleições – urnas abertas

– 11/11:  Apuração

– 19/11:  CCA de posse

 

 

  1. Comissão Eleitoral:

 

Aprovada por consenso a seguinte estrutura:

1 representante do DCE-Livre da USP,

2 representantes de CA das exatas,

2 representantes da POLI,

2 representantes de CA das Biológicas,

2 representantes de CA da FFLCH,

2 representantes de CA da EACH,

2 representantes de CA das Humanas,

1 representante do CA da Faculdade de Direito,

2 representantes de CA de Pinheiros,

2 representantes de CA de São Carlos,

1 representante de CA de Piracicaba,

1 representante de CA de Pirassununga,

1 representante de CA de Lorena,

3 representatnes de CA de Ribeirão Preto,

1 representante de Bauru,

1 representante do CRUSP,

1 representante do alojamento de São Carlos,

1 representante de CA de Santos.

 

Também aprovado por consenso a representação dos seguintes CA’s na comissão eleitoral: CAMAT e CEPEGE nas exatas; CABIO e CARF nas biológicas, Ceupes e CAELL da FFLCH, CAVC e GUIMA das humanas, XI de agosto do Direito, CALQ de Piracicaba, CAUPI por Pirassununga, DA de Lorena. POLI, EACH, São Carlos, Bauru e Ribeirão vão decidir entre si quais CA’s vão representá-los na comissão eleitoral. Representante do CRUSP vai ser confirmado na primeira reunião da Comissão Eleitoral.

 

A representação de Pinheiros foi votada:

1) Proposta da Mesa: CAER e XXXI;

2) Proposta alternativa: Incorporação do CAOC.

CA’s favoráveis a proposta 1): XXXI, CAMAT, GUIMA, XXV jan, CAII, CAHis, CALC, CAPPF, Cefisma, CAMRN, CAELL, CAFB, CEPEGE, CABIO, Ceupes, CARF, CAOC, CAER.

CA’s favoráveis a porposta 2): CAOC

Se abstiveram: CAHIS, CAVC, GPOLI, AEQ, CEN, CAEP, CEE, CMR, GPOLI e CEC

 

Comissão eleitoral definida:
DCE-Livre da USP; CAMAT e CEPEGE nas exatas; CABIO e CARF nas biológicas, Ceupes e CAELL da FFLCH, CAVC e GUIMA das humanas, CAER e XXXI de Pinheiros; XI de agosto do Direito, CALQ de Piracicaba; 2 CA’s da POLI, 2 de São Carlos e 2 da EACH a serem decididos; CAUPI de Pirassununga; DA de Lorena; Alojamento de São Carlos; 3 CA’s de Ribeirão a serem decididos.

 

 

  1. Destaques feitos durante a leitura do regimento:

 

1) Art. 2o § 3o : destaque retirado.

 

2) Art. 3o : Redação aprovada por consenso:

Que as participações pendentes só sejam confirmadas a partir da participação ou ratificação dos CA na Comissão Eleitoral. Cada CA deve apresentar na primeira reunião da comissão eleitoral, se possível, uma contribuição para os gastos da campanha.

 

3) Art. 11o § 2o :

A mesa pode ser composta por quaisquer 2 estudantes que assim desejarem. Preferencialmente, não devem ser da mesma chapa. Caso haja 2 integrantes da mesma chapa na mesa e outro estudante (que não seja da mesma chapa) deseje compor a mesa, algum dos mesários devera ceder seu lugar.

 

4) Art 16o item h que diz respeito da Central Eleitoral em Pinheiros.

CAOC, XXXI e CAER reivindicaram que fossem Central Eleitoral. Foi votado CAOC vs. CAER vs. XXXI.

Votaram no CAER: CAER.

Votaram no CAOC: CAOC, GPOLI e CAEP.

Votaram no XXXI:  XXXI, AEQ, CAMAT, GUIMA, XXV jan, CAII, CAVC, CAPPF, CAMRN, CAELL, CAFB, CEPEGE, CABIO, CARF.

Abstenções: CAHIS, CALC, CEFISMA, CEC, CEN, CEE, CAM, CMR e Ceupes.

 

Aprovado que a Central Eleitoral de Pinheiros vai ser no XXXI.

5) Art. 19o aprovado por consenso a Inclusão do § 6o :

O voto em separado deve estar condito em dois envolopes a serem disponibilizados pela comissão eleitoral. O envelope interno deve conter a rubrica dos mesários; o envelope externo deverá conter o nome completo, noUSP, curso, unidade e a assinatura do estudante votante. As informações contidas no envelope deverão ser também registradas em ata.

 

6) Art. 34o § único. Aprovado por consenso o seguinte texto de alteração:

A participação dos alunos de cursinhos populares fica submetida a aprovação dos próprios cursinhos a serem apresentadas a comissão eleitoral junto a inscrição das chapas a ser realizada em 25/10 de 2016. Caso não inscrevam, não será permitida a votação nem a participação em chapa de nenhum estudante do cursinho.

 

Aprovado por consenso também uma que vamos escrever uma nota de repúdio a reitoria e ao CO.

O regimento completo das ‘Eleições para o DCE e Representantes Discentes 2016/2017’ segue abaixo:

Regimento Eleições DCE 2016-2017

 

A declaração de pertencimento a chapa segue abaixo:

DECLARAÇÃO – ELEIÇÕES DCE-Livre USP “Alexandre Vannucchi Leme” – 2017

 

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USPINOVA E REITORIA SE UNEM CONTRA REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL https://www.dceusp.org.br/2016/07/3581/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=3581 https://www.dceusp.org.br/2016/07/3581/#respond Thu, 14 Jul 2016 22:10:14 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3581 USPINOVA E REITORIA SE UNEM CONTRA REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL

Sobre o Conselho Universitário do 12/07 e o ataque da Uspinova e Zago à representação e autonomia dos estudantes

No dia 28 de julho foi marcado um Conselho Universitário para discutir a pauta do ingresso na USP. Motivado pela necessidade, colocada com muita força pela sociedade civil e pelos movimentos estudantil e negro, de avançar na democratização do acesso, esse debate extrapola os muros da própria universidade há tempos e é enraizado principalmente na necessidade da adoção das cotas sociais e raciais, o que retirou de Zago a alternativa de simplesmente negligenciar essa demanda, ou postergá-la para o próximo reitorado.

Porém, frente às vitórias parciais conquistadas graças a nossa greve, em diversas unidades da USP, como na FAU, ECA, Biologia, IME e várias outras, o reitor recuou na proposta de data inicial, convocando estrategicamente a reunião do Conselho Universitário para o dia 12/07, em meio ao período de recesso e com menos de uma semana de antecedência. As pautas apresentadas foram: a eleição de representantes estudantis (RDs)¹, a redução da jornada de trabalho e o novo Plano de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), e, por fim, o tema de ingresso na USP. Alckmin, Zago e seus aliados – em boa parte empresas privadas – estão apressados para aprovar todo o tipo de corte na universidade, como parte de um projeto privatizante.

A proposta de redução da jornada de trabalho significa sobrecarregar os funcionários, que hoje já adoecem pelo acúmulo de tarefas em sua jornada diária, graças à falta de pessoal em várias unidades, piorando ainda mais as condições de trabalho. No mesmo sentido vai a proposta de um novo PIDV: sequer sabemos quais serão os impactos reais dessa medida sobre o funcionamento das atividades fundamentais da USP, apenas sentimos no dia-a-dia o quanto o último plano, aprovado em 2014, precarizou o trabalho e os serviços na universidade. São somente apresentadas pela reitoria as alterações na folha de orçamento. Esse é mais um ataque aos funcionários que, como se não bastasse, ainda tiveram seus salários cortados durante a greve!

A pauta sobre o ingresso, colocada conscientemente em um CO realizado no meio das férias e inflado de pautas, terminou não aprovando o que de fato daria solução à nossa demanda histórica a respeito das cotas, mas sim aprovando apenas a ampliação das vagas destinadas ao Sisu –  mesmo com pressão de parte da representação de discentes, funcionários e professores, que fizeram falas demarcando que a implementação desse sistema na USP foi insuficiente e que, para democratizar o acesso à curto prazo,  a saída efetiva é adoção das cotas sociais e raciais, segundo o Projeto de Lei da Frente Pró Cotas, como reivindicado por setores do movimento negro, estudantil e pela atual gestão do DCE.

Permanece, portanto, a necessidade de continuar e ampliar cada vez mais a luta por cotas na universidade – principalmente tendo em vista que uma próxima reunião do Conselho se aproxima e irá trazer essa pauta novamente, no dia 09 de agosto.

Mas, como se não bastasse todo retrocesso que o CO do dia 12 representou, fomos ainda pegos de surpresa pela inclusão da pauta sobre a representação estudantil nas instâncias deliberativas da universidade. Proposta esta apresentada para a reitoria por três ex-representantes discentes, membros da USPInova, chapa de direita aliada à reitoria, composta por estudantes membros do PSDB e fieis à sua política de desmonte do ensino público em São Paulo.

Questionamos o reitor sobre quais são os critérios para inclusão de pautas no CO, já que não vemos a mesma disposição para a inclusão das pautas debatidas e defendidas pelo movimento estudantil ou pelos trabalhadores. Porém, não obtivemos qualquer resposta, o que evidencia a forma vergonhosamente antidemocrática como os conselhos acontecem e como a pauta incluída é a expressão de interesses de um setor bastante específico e reacionário e da reitoria, que vai na contramão do que é de fato defendido pela ampla maioria daqueles que verdadeiramente constroem a universidade todos os dias.

A proposta trazida consiste em separar a eleição da representação estudantil das eleições do DCE, torná-la online e sob o controle da Secretaria Geral da USP, ou seja, o processo de escolha da representação discente será organizado pela própria reitoria!

Nós identificamos que essa forma de escolha dos RDs é despolitizada e personalista, porque ocorre fora de um debate mais amplo que as eleições para o DCE e o debate público compreendem. Esta é a nossa opinião enquanto DCE acerca das eleições online a separadas da eleição para o Diretório, mas é um debate legítimo e importante de se travado com paciência nos fóruns do movimento.

No entanto, o que é profundamente grave é que a representação esteja sob o controle de Zago! Ferindo nossa autonomia estudantil, conquistada ao fim da ditadura militar e que está garantida pelo próprio regimento da USP, significando um ataque sem precedentes à nossa liberdade de organização. O direito de garantia à nossa autonomia foi uma conquista histórica, fruto da luta das gerações anteriores de estudantes que não abriram mão do seu direito de organização, assim como eles, nós também não abriremos mão desse direito!

Agora, um espaço como o Conselho Universitário que já não cumpre a Lei de Diretrizes e Bases que define uma representação discente mínima de 15% e já não gera qualquer credibilidade ou confiança no corpo estudantil, se torna um espaço ainda mais questionável e autoritário.

Ainda pior é a forma como isso se deu: 3 representantes discentes, cujos mandatos expiraram na última gestão, articularam com a reitoria a inclusão da pauta, contra qualquer noção de democracia, desrespeitando os fóruns do movimento que sequer debateram o assunto nem muito menos decidiram por isso, e é também um ataque e um desrespeito a cada estudante da universidade. A USPInova se comportou de maneira baixa e rasteira, atropelando os estudantes para poder se beneficiar da boa relação com a reitoria para conquistar mais cadeiras nos conselhos centrais e nas unidades.

Nós repudiamos atitudes como esta e vemos com repulsa a comemoração do golpe contra os estudantes pela USPInova em sua página do Facebook. Procuraremos por todas as vias dar uma resposta a esse ataque feito pela aliança Zago e USPInova e seguiremos firmes no combate às práticas indecentes da direita contra o movimento estudantil e  aos ataques da reitoria à autonomia e aos direitos dos estudantes e dos trabalhadores!

Zago tenta a todo custo empurrar um projeto privatista de universidade, e para isso aplica golpes contra a democracia dentro da USP. Nesse momento, reforçamos que só a luta pode arrancar as conquistas que tanto almejamos!

  1. Os representantes discentes (RD’s) são alunos eleitos, tanto da Graduação quanto da Pós-Graduação, para representar os interesses dos estudantes nos órgãos colegiados da USP, como o Conselho Universitário, Conselho de Graduação, entre outros. A eleição dos representantes é feita em conjunto com a de DCE e da APG, de forma proporcional à votação nas eleições, garantindo que esses estudantes representem o programa político de suas chapas, e não sejam eleitos de forma personalista.

 

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Zago dá um golpe e impede representantes discentes de participarem do Conselho Universitário mais importante do ano! https://www.dceusp.org.br/2016/07/zago-da-um-golpe-e-impede-representantes-discentes-de-participarem-do-conselho-universitario-mais-importante-do-ano/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=zago-da-um-golpe-e-impede-representantes-discentes-de-participarem-do-conselho-universitario-mais-importante-do-ano https://www.dceusp.org.br/2016/07/zago-da-um-golpe-e-impede-representantes-discentes-de-participarem-do-conselho-universitario-mais-importante-do-ano/#respond Fri, 08 Jul 2016 18:57:57 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3578 Reitoria quer barrar Representantes Discentes no Conselho Universitário mais importante do ano!

 

Neste dia 12 de julho acontecerá o Conselho Universitário mais importante do ano, onde serão tomadas decisões sobre os temas centrais reivindicados pela greve geral da USP (vestibular e SISU, jornada de trabalho dos trabalhadores e o novo Plano de Demissões Voluntária da Reitoria) e a a Reitoria está tentando barrar a participação dos representantes discentes através de um golpe!

Aguardamos, desde às 8h da manhã, o Professor Ignácio Maria Poveda Velasco para uma reunião para entendermos qual é o problema de fato, mas o Secretário Geral literalmente fugiu da Reitoria às 15h da tarde, sem que o víssemos para não se reunir com os Representantes Discentes!

Há algumas semanas, o DCE-Livre da USP questionou a reitoria via e-mail pela demora para que os Representantes Discentes fossem a Diário Oficial – necessário para que possam participar oficialmente com direito de voto das reuniões do CO. A resposta foi estranha: nos exigiram uma série de documentos que jamais foram necessários desde que as eleições do DCE da USP são realizadas e sequer requisitados pelo regimento da USP. Na entrega dos documentos, fomos intimidados com ironias e infantilização dos nossos métodos históricos, dando a entender que não teríamos os RDs protocolados, porque segundo eles as eleições não são legítimas. De todas as exigências, a mais esdrúxula foi a de que entregássemos cópias dos documentos de todos os integrantes das chapas, algo completamente insensato, uma vez que avaliação disto compete unicamente à Comissão Eleitoral independente composta por estudantes. Essa é a mesma reitoria que processa estudantes por “falarem muito alto” nas reuniões e que busca a todo tempo motivos para punir aqueles que lutam!

É um absurdo escandaloso que a reitoria queira interferir nos métodos do movimento estudantil, criados e aprimorados desde a refundação do DCE-Livre da USP. Nossas decisões são tomadas de maneira independente através de fóruns estudantis democráticos. Qualquer mudança a ser feita deve ser decididas pelos estudantes e não imposta pela reitoria! É inadmissível esta postura irresponsável e abusiva da parte do reitor Zago!

A fiscalização das eleições é feita, inclusive, de maneira profissional por todas as chapas participantes do processo, juntamente à comissão eleitoral definida pelo Conselho de Centros Acadêmicos Eleitoral. Além disso, o próprio Regimento Geral da Universidade de São Paulo diz que não compete à reitoria a análise das eleições estudantis para o DCE-Livre da USP e Representação Discente, segundo o artigo 222:

 

  • 1o – As eleições para a representação discente serão realizadas pelo Diretório Central dos Estudantes para o Conselho Universitário e os Conselhos Centrais, e pelos Centros Acadêmicos e Grêmios para os colegiados das respectivas unidades, mediante a constituição de comissões eleitorais e de acordo com regimento próprio aprovado em seus fóruns, que não poderá contrariar as regras deste regimento. (acrescido pela Resolução nº 4801/2000 – ver também a Resolução nº 4808/2000)

 

Por último, deixamos claro que esta manobra ridícula não passará! Estamos cansados das manobras autoritárias do reitor Zago. Deveriam aprender com os estudantes e fazer eleições democráticas para diretores de unidade e reitoria, mas preferem se utilizar dos métodos truculentos para garantir seus interesses! Este Conselho Universitário debaterá temas que dividem politicamente a universidade, portanto há chances de que a vontade do reitor Zago seja contrariada. Para ele evitar isto, parece valer tudo! Em 2015, o CO com o mesmo tema teve votações muito apertadas. Todos os representantes devem estar nesta reunião e é de uma desonestidade arrogante que nos impeçam de participar através de manobras burocráticas! Nenhum reitor jamais fez algo do tipo: Zago bateu o recorde no quesito abuso de poder!

Nenhum Representante Discente, independente de posição política, ficará de fora da reunião do Conselho Universitário do dia 12/07. Neste dia secretário nenhum poderá fugir. Estamos em greve há mais de dois meses e está é uma reunião decisiva. Chamamos todas e todos ao ato que será construído juntamente com o Sintusp em frente ao Conselho Universitário, às 14h na Reitoria da USP!
O golpe de Zago não passará! Fora Zago!

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AO EDITORIAL “COERÇÃO NA USP” DA FOLHA DE S. PAULO https://www.dceusp.org.br/2016/07/ao-editorial-coercao-na-usp-da-folha-de-s-paulo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ao-editorial-coercao-na-usp-da-folha-de-s-paulo https://www.dceusp.org.br/2016/07/ao-editorial-coercao-na-usp-da-folha-de-s-paulo/#respond Mon, 04 Jul 2016 22:53:42 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3575 Em Maio, no editorial intitulado “Greve na Torre de Marfim”, a Folha não escrevia uma única linha sobre a greve dos estudantes, dedicava-se a criticar as justas mobilizações e reivindicações dos trabalhadores da USP pelo reajuste salarial e contra o desmonte da universidade (na ocasião publicamos uma resposta). Agora, nossa greve é impossível de disfarçar, está presente em mais de 80% dos cursos da USP, tem importante expressão e força na conjuntura do estado de São Paulo, por isso, no dia 26 de Junho a Folha de S. Paulo publicou um editorial sobre os estudantes em greve na FFLCH intitulado “Coerção na USP”.

O editorial é inaceitável! Uma violência à memória dos lutadores contra a ditadura e à verdade. A greve, os métodos e fóruns democráticos do movimento são comparados aos crimes da ditadura e à atmosfera de repressão da época! Mas a Folha de S. Paulo parece esquecer-se da participação cúmplice da Universidade de São Paulo, enquanto instituição, no regime da ditadura militar – nunca aceitou a instauração de uma Comissão da Verdade para que se fizesse justiça aos estudantes, professores e funcionários mortos e esquecidos. Mais do que isso, a Folha parece esquecer a sua própria trajetória vergonhosa, igualmente cúmplice e publicitária da ditadura militar no Brasil, no estilo Del Nero “a gente só apoiava e financiava a ditadura; não há crime nisso”.

Também é inaceitável que, em nenhum momento, seja citado o principal responsável, o reitor Zago, que tirou férias para não negociar com o movimento, depois, na sexta-feira, 16, colocou a PM para reprimir violentamente com bombas de gás e balas de borracha os estudantes moradores do CRUSP que reivindicam a devolução dos blocos K e L e que cortou o ponto dos funcionários no seu direito de greve. Em contrapartida, o editorial conta com a declaração de Sérgio Adorno (diretor da FFLCH) “O clima é de medo e violência”, o mesmo que cortou o ponto dos funcionários da FFLCH em greve há duas semanas e cujo vice tem posturas abertamente racistas, inclusive constrangendo de forma racista uma integrante do Núcleo de Consciência Negra presente na reunião de negociação com os estudantes da FFLCH, neste primeiro de Julho.

Agora que não é mais possível não falar da greve estudantil da USP, os editorialistas da Folha tentam fazer parecer que “uma minúscula minoria” perturba e intimida os professores, mas a verdade é que muitos professores estão ombro a ombro conosco na luta por uma universidade pública inclusiva e de qualidade e pelas suas próprias condições de trabalho. Hoje, muitos cursos estão com mobilizações ainda fortes, arrancando vitórias dos seus diretores e nas suas congregações (muitas vezes com a ajuda de professores e funcionários) como já é o caso da Enfermagem, Jornalismo, Veterinária, FAU e outras unidades e campi. Na sexta-feira, 24, o movimento negro e estudantil realizaram um importante ato por cotas étnicos-raciais na USP e nos dias 27 e 28 um grande festival “Por que a USP não tem cotas?”. O que significa que seguimos na luta, com a certeza de que anti-democrático, violento e opressor é ter uma reitoria sem voto, uma universidade pública sem preto e pobre e um reitor que não negocia.

O editorial não diz, mas a nossa luta é em defesa do Hospital Universitário, hoje sucateado e ameaçado de ser desvinculado; por contratações de professores, porque vivemos uma realidade em que matérias estão sendo fechadas por falta de docentes e em que funcionários estão adoecendo por sobrecarga de trabalho; e é pela democratização do acesso à universidade e por reparação histórica: Por cotas e permanência. A greve de 2016 é atravessada pela continuidade da luta por democracia, em que os lutadores do período da ditadura viveram o seu momento mais agudo. Esse é o lado da história que o movimento estudantil da USP fez parte e reivindica.

O Prof. Silvio de Almeida, da Faculdade de Direito, tem toda a razão: Este é um ano diferente, porque é uma das primeiras vezes em que nós debates as cotas raciais não como uma questão moral, mas como uma questão política e emergencial. Zago não quer que tenhamos uma vitória concreta e “oficial” porque, não podendo lidar com os conflitos, ele trabalha para desmoralizar o movimento. Mas imaginem o tamanho do transtorno e do vexame que é ser a gestão que, contra o movimento democrático da história, se recusou a aderir às formas alternativas de ingresso efetivas. Nós já ganhos em certo sentido, mas queremos ganhar mais e melhor.

Já sabemos que a Folha de S. Paulo tem um lado que não é o nosso, o elemento novo é que estão lançando mão da mentira e da tolice. Os nossos adversários estão desesperados.

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Zago recuou: Conselho Universitário do dia 28/06 foi cancelado! https://www.dceusp.org.br/2016/06/zago-recuou-conselho-universitario-do-dia-2806-foi-cancelado/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=zago-recuou-conselho-universitario-do-dia-2806-foi-cancelado https://www.dceusp.org.br/2016/06/zago-recuou-conselho-universitario-do-dia-2806-foi-cancelado/#respond Sun, 26 Jun 2016 17:48:38 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3570 No começo deste ano, o reitor Zago marcou uma reunião ordinária do Conselho Universitário (CO) para tomar decisões sobre o acesso à USP. A reunião ordinária havia sido marcada para dia 28/06, próxima às férias na tentativa de desmobilizar os estudantes, que há muito tempo lutam por uma universidade verdadeiramente democrática, que pertença ao povo do Estado de São Paulo, com a implementação das cotas raciais e sociais.

Entramos em greve há mais de um mês pelas cotas, por permanência estudantil, contra a desvinculação do Hospital Universitário, por contratação de professores e funcionários. A greve se unificou: Adusp e Sintusp são parte importante dela, lutando pelo reajuste salarial dos trabalhadores da USP!

Marco Antônio Zago é somente mais uma das marionetes do governador de SP, Geraldo Alckmin, porém tem uma característica própria e diferente dos antigos reitores: é medroso. Diante da greve geral da universidade, a primeira atitude de Zago foi fugir. Saiu de férias por cerca de 15 dias, empenhando-se para nos enfraquecer pela falta de perspectiva de negociação. Não funcionou. Quando voltou ao trabalho, Zago foi se deparou com cursos que não se mobilizavam à mais de 30 anos paralisados! Encontrou a sua torre de marfim, a reitoria-casa grande, ocupada pelos estudantes, que impediram a continuidade de um Conselho de Graduação que tomaria decisões esdrúxulas e incompatíveis com as demandas da população – como dificultar ainda mais o vestibular da Fuvest aumentando as questões de matemática e complexificando mais a segunda fase da prova.

Sem ainda dar às caras e negociar as demandas da nossa greve, o reitor do diálogo partiu pro seu plano B: reprimir estudantes com ações truculentas da PM e cortar ponto dos trabalhadores. Algo, primeiramente, inconstitucional, pois a greve é um direito. E, segundo, mais uma prova de sua incapacidade de lidar com os problemas para os quais alguém que ocupa a cadeira de reitor deveria se dedicar a resolver.

Fato é que agora, pressionado pelo movimento e inseguro quanto a sua habilidade em decidir arbitrariamente sobre o futuro dos estudantes e de toda a comunidade universitária, Zago recuou e cancelou o Conselho Universitário tão aguardado por ele e por seus aliados políticos!

Da nossa parte, faremos festa, literalmente! Para os dias 27/06 e 28/06 o movimento “Por que a USP não tem cotas?” está organizando, em parceria com a ONG Minha Sampa, Núcleo de Consciência Negra e DCE-Livre da USP uma petição por cotas na USP, e também uma virada cultural pelas cotas na USP, que contará com a presença de artistas que apoiam a nossa luta! Confira a programação no evento!

 

Virada Por que a USP não tem cotas?: https://www.facebook.com/events/1712059635725991/

Petição por cotas na USP: http://www.cotasnausp.minhasampa.org.br/

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Os interiores da USP dão o recado: Zago não terá sossego https://www.dceusp.org.br/2016/06/os-interiores-da-usp-dao-o-recado-zago-nao-tera-sossego/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=os-interiores-da-usp-dao-o-recado-zago-nao-tera-sossego https://www.dceusp.org.br/2016/06/os-interiores-da-usp-dao-o-recado-zago-nao-tera-sossego/#respond Tue, 07 Jun 2016 12:54:37 +0000 https://www.dceusp.org.br/?p=3566 Estamos em junho, mês que é assimilado, ainda na memória recente, às massivas mobilizações da juventude que pararam o Brasil e chocaram toda a casta política do país reivindicando mais direitos sociais. Junho de 2016, três anos após, começa com um grande levante nacional pela educação. Enquanto estudantes secundaristas do Ceará e do Rio Grande do Sul ocupam suas escolas contra a precarização do ensino básico, os estudantes universitários protagonizam uma verdadeira insurreição contra os cortes na educação e por maior democracia.

No Estado de São Paulo, em especial, a mobilização tem crescido dia após dia. Além da UFSCar e do IFSP – que respondem à esfera federal – a USP, a UNESP e a UNICAMP estão em greve contra o projeto que o PSDB tem implementado para a educação no estado. Só na USP, os cortes já passaram dos 200 milhões de reais. Nessa histórica mobilização, se destaca com muita força a mobilização dos campi do interior da USP.

O modelo de universidade imposto por Zago traz graves consequências à permanência dos estudantes nos campi do interior. Seja pela falta de moradia estudantil em Lorena; seja pela piora na qualidade dos serviços dos restaurantes terceirizados em São Carlos e Ribeirão Preto, e sua tentativa em Pirassununga e Piracicaba; pela ameaça de fechamento de creches em Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos; seja pela intransigência das prefeituras e diretorias a ouvir mulheres, negras e negros, e LGBTs, temos ganhado cada vez mais força. Nos inspiramos nos estudantes secundaristas que ocuparam suas escolas e derrotaram o projeto de reorganização escolar proposto pelo governador Geraldo Alckmin, fortemente envolvido no escândalo de desvio de verbas da merenda escolar.

IMG-20160607-WA0003Os últimos dias refletiram uma verdadeira primavera nos campi do interior. Em assembleia, os estudantes de Lorena, um dos campi mais precarizados da universidade, deliberaram apoio à greve e às suas pautas; em Pirassununga e Piracicaba, os estudantes seguem em luta contra a terceirização do Restaurante Universitário, com paralisação estudantil neste último; em Ribeirão Preto, os estudantes decidiram por paralisar suas atividades por um dia pela segunda semana consecutiva, com destaque para a paralisação completa de diversos cursos da FMRP – faculdade na qual Zago é professor -; e em São Carlos, em uma assembleia histórica com mais de 1000 estudantes, decidiu-se por manter o indicativo de greve e paralisar nessa quinta-feira.

Vamos trazer o espírito de junho de 2013 e da primavera das mulheres que têm contagiado todo o Brasil para dentro da USP. Zago e sua cúpula não podem mais ignorar a mobilização estudantil que cresce a cada dia; serão obrigados a negociar e a ceder. Enquanto isso, o movimento cresce a cada dia. Por isso, todos os campi estarão no grande ato dos estudantes, terça-feira, 07/06, às 12h00, para derrotar Zago e Alckmin.

 

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