O FUTURO DA EACH ESTÁ EM JOGO!
26 de junho de 2014, 12:04
As matriculas em toda USP começaram no dia 24 de junho, exceto para os alunos da EACH, segundo determinação da Comissão de Graduação (CG) os alunos não farão matricula até que a reitoria se posicione sobre um local que seja possível o desenvolvimento das atividades acadêmicas de forma adequada, que contemple requisitos mínimos de infraestrutura. Segundo a CG, a data limite para a reitoria apresentar esse local apropriado é dia 15/07 (3 semanas), caso contrário; as matrículas continuarão fechadas, e o mais grave, o vestibular também não será aberto.
O melhor lugar para os alunos da EACH seria na EACH, mas os problemas do campus ainda não estão resolvidos. Nesta quarta-feira (25/06), aconteceu na Faculdade de Saúde Pública (FSP), uma reunião aberta organizada pela comissão ambiental e grupo de trabalho técnico da EACH, na qual colocaram a real situação do campus. A princípio algo que sabemos bem, o metano precisa ser extraído, assim como possivelmente o Bifenilos Policlorados (PCB), um dos contaminantes encontrado no solo da USP Leste e que está acima dos níveis permitidos, caracterizando crime ambiental de nível federal.
Hoje (26/06) será apresentado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a reitoria da USP, esse documento foi confeccionado pelo Ministério Público (MP) em parceria com a CETESB, prevê as ações que são necessárias a serem tomadas pela USP para que o campus seja desinterditado, porém os professores da ADUSP, que fazem parte da EACH, já pontuaram várias falhas e contradições neste documento. Até o momento ninguém além do MP teve acesso a versão final desse documento, nem mesmo a ADUSP, que viu apenas um rascunho de uma versão incompleta. A USP já foi submetida a um TAC em 2004, que não cumpriu, por essa questão, aliada ao aterro ilegal de terra contaminada na gestão do Rodas/Boueri o campus foi interditado o ano passado.
De todos os problemas da EACH, a extração do metano é a que está mais encaminhada, mas não o suficiente para a liberação do campus, ainda é necessário terminar o projeto de extração e fazer uma melhor análise do solo do campus para determinar as condições dos contaminantes. Então podemos dizer que dificilmente o campus estará desinterditado até 31 de julho, quando está previsto o fim do semestre da EACH, e cabe a reitoria em conjunto com a SEF arrumar um local adequado para os alunos terem o segundo semestre, então voltamos para a mesma situação do começo do ano, que o resultado foi o Plano B. Um plano insuficiente e prejudicial a toda a comunidade universitária da EACH, que estão sofrendo para terminar esse semestre sem perspectivas para o próximo.
Desde sua criação a EACH convive com o descaso do Governo do Estado de São Paulo, que se reproduz em todos os níveis menores, desde a reitoria da USP, até a própria direção do campus, que diante do caos instalado mantêm-se calada. É inadmissível que a USP tenha um campus inteiro, com cerca de 5000 estudantes, nessas condições, por isso queremos fazer um grande chamado a mobilização, é o momento de toda a Universidade se levantar em favor da EACH.
Dia 30/06 Ato unificaso da USP em defesa da EACH – 14H – MASP!!! https://www.facebook.com/events/597456667036983/