Rodas foge de audiência pública e chefia de gabinete tenta se esconder da representação da ALESP!

23 de outubro de 2013, 15:36

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A Universidade de São Paulo viveu hoje um episódio vergonhoso para sua história que atesta a necessidade da luta por democracia. O reitor havia sido intimado a comparecer a uma audiência pública na USP convocada pela comissão de educação e cultura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). Rodas deveria prestar esclarecimentos sobre a acusação que pesa sobre ele de improbidade administrativa. Além de justificar o mal uso das verbas da universidade (motivo da acusação), seria de bom tom que em meio a crise política que se vive hoje a reitoria se dispusesse a dialogar publicamente com toda sociedade. No entanto, Rodas não compareceu, ignorando os estudantes ali presentes. Mais uma vez ficou demonstrado que Rodas não está disposto a dialogar, e prefere governar a USP como se fosse uma caixa preta que lhe pertencesse.

Mesmo assim, os representantes da comissão ali presentes – os deputados Carlos Giannazi, Alcides Amazonas e João Paulo Rillo – foram procurar os representantes da reitoria no novo prédio. O DCE e o SINTUSP envio representações para acompanhar o processo. No saguão do prédio um funcionário informou que absolutamente todos os dirigentes da reitoria estavam em agenda externa, não sendo possível receber a comissão. Mais ainda, disse que não era possível saber onde se encontravam naquele momento. Não contente, a comissão decidiu subir até o gabinete do reitor para averiguar se de fato não havia quem pudesse recebe-los. O reitor, de fato, não foi encontrado. No entanto, (pasmem!) o chefe do gabinete do reitor, Alberto Carlos Amadio, estava sim em sua sala, ao contrário do que havia sido dito.

Em reunião, ficou manifestado a profunda indignação com o ocorrido sem que, entretanto, alguma explicação formal tenha sido dada pelo chefe de gabinete em nome da reitoria. A comissão de cultura e educação já informou que acusará Rodas de crime de responsabilidade, como previsto na lei do estado de São Paulo.

Cabe destacar ainda que enquanto reivindicamos um programa de permanência estudantil, contratação de professores e estrutura decente para os cursos, a nova reitoria apresenta instalações suntuosas: móveis luxuosos, obras de arte, pisos de mármore, e quadros de personalidades que compuseram a ditadura militar (como Gama e Silva).

A patética tentativa da reitoria de tentar se esconder apenas legitima a luta que o movimento estudantil vem travando. Fica demonstrado que é urgente democratizar essa universidade que hoje se encontra nas mãos de uma elite autoritária. Nesse sentido, faremos grande pressão para que a reunião de negociação marcada para hoje (23/10) às 16h encaminhe medidas concretas para atender às nossas reivindicações!

 

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