Rodas e Alckmin têm que dialogar! Não à reintegração de posse!
03 de outubro de 2013, 11:03
A mobilização dos estudantes se fortalece em toda USP. Após a deliberação de greve geral na noite da terça-feira, 01 de outubro, ontem diversos cursos e campi manifestaram apoio à mobilização. Entraram em greve imediata, também, os estudantes de Ciências Sociais, Letras, História, Geografia, Comunicação e Artes, Pedagogia, EACH, Enfermagem e Relações Internacionais. Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Farmácia, Matemática e Estatística, há indicativo de incorporação à greve.
A rápida e intensa adesão à mobilização na USP demonstra a enorme necessidade de que, de fato, a Universidade se democratize imediatamente. Ocupando a Reitoria e paralisando suas atividades, tudo o que os estudantes buscam é o diálogo com a comunidade universitária e a sociedade. A exigência de eleições diretas já na USP, com o fim da lista tríplice, é uma condição elementar para a democracia na Universidade.
Mas um fato chama atenção: até agora, o reitor Rodas e o governador Geraldo Alckmin simplesmente não se dispuseram ao diálogo. Mais uma vez, o reitor e o governador demonstram a maneira como enxergam o movimento social, a luta por democracia na Universidade e as ideias daqueles que se opõem às suas políticas.
Não iremos admitir a postura autoritária e antidemocrática de reitoria da USP e do governo do Estado. Em 2009 e 2011, a Cidade Universitária já presenciou fatos lamentáveis, com cenas truculentas e criminosas por parte da Tropa de Choque da Polícia Militar. Foram cenas lamentáveis e inadmissíveis, que não permitiremos que se venham à tona nunca mais na USP.
É por isso que repudiamos de maneira veemente o pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria, solicitado ontem pela Reitoria da Universidade. Como pode Rodas querer reintegrar a reitoria da USP, com base na força, sem antes dialogar com todos? Irá Alckmin novamente colocar em ação sua truculenta Tropa de Choque da Polícia Militar, como fez em junho nas ruas de São Paulo, despertando a indignação de toda sociedade?
Os estudantes da USP não vão admitir que seja dessa maneira. Repudiamos veementemente que a reitoria da USP e o governo do Estado não tenham, ainda, aberto negociação e se disposto ao diálogo. É isso o que o movimento estudantil quer. Estamos certos de que por esse caminho será possível implementar imediatamente as eleições diretas na Universidade de São Paulo. E democratizar realmente a USP. Para isso, chamamos a que todos os estudantes continuem e ampliem sua mobilização. Por democracia na USP, estamos em greve geral! Não à violência do governo e à reintegração de posse do prédio da reitoria!