Reitoria propõe negociação para data distante. Exigimos negociação já!
16 de outubro de 2013, 17:30
Na última terça-feira (15), a mobilização dos estudantes da USP teve momentos importantes. Cerca de três mil pessoas realizaram um forte ato pela democratização da universidade. Ao mesmo tempo, a Justiça negou mais uma vez o pedido de reintegração de posse da reitoria, estipulando um prazo de 60 para uma solução conciliada.
A forte repressão por parte da polícia militar, que agrediu e prendeu dezenas de estudantes, encontra ressonância na conduta autoritária da reitoria da USP. O DCE não admite essa postura repressiva e, ainda nessa madrugada, publicou nota sobre o tema.
Desde o início, reivindicamos o diálogo e a negociação. E somente agora, passados quase quinze dias de greve, com mais de trinta cursos paralisados, a reitoria sinalizou com a possibilidade de uma reunião entre os estudantes e a administração da universidade. Na tarde dessa quarta-feira (16), o DCE foi notificado pela secretária do reitor de uma posposta de reunião para o dia 25, um verdadeiro absurdo! A proposta de Rodas de postergar o conflito político na USP até o final do mês reflete sua intransigência.
Na mesma tarde, o DCE protocolou ofício junto a reitoria exigindo que a negociação seja aberta ainda nessa semana (dia 17 ou 18). Não aceitaremos que o reitor continue ignorando as reivindicações do movimento estudantil ao mesmo tempo em que reprime nossos protestos. Exigimos que Rodas negocie as pautas do movimento imediatamente!
A mobilização dos estudantes da Unicamp já obteve vitória: o convênio que colocava a polícia militar dentro do campus foi revogado. Na USP, temos totais condições de repetir esse caminho, conquistando ainda mais vitórias para democratizar a estrutura de poder arcaica de nossa universidade. O reitor não pode ignorar a urgência de dialogar com o movimento estudantil.
A resposta dos estudantes diante da postura autoritária da reitoria só pode ser uma: ainda mais mobilização. Nossa disposição de luta pela democratização da USP só aumenta. Continuaremos firmes na defesa de nossas pautas, buscando ampliar e fortalecer nossa greve. Rodas não tem escolha. Exigimos negociação já!