Informe da 2ª reunião de negociação: ampliar a mobilização para arrancar conquistas!

24 de outubro de 2013, 01:31

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Ontem (23), aconteceu a segunda reunião de negociação entre a reitoria da USP e os estudantes. A comissão da reitoria seguiu sendo composta pelos 6 professores designados na portaria 1056 de Rodas. Pelos estudantes, estiveram novamente presentes os 3 representantes legais do DCE, 1 membro da APG, 1 estudante eliminada da USP, 1 representante dos cursos de humanas, 1 de exatas e 1 de biológicas – eleitos no Comando de Greve.

A reunião pôde avançar num ponto fundamental: a apresentação global das reivindicações estudantis, que agora dependem de apreciação por parte da reitoria.

Na primeira reunião, conforme informado nesta matéria (https://www.dceusp.org.br/2013/10/informe-da-1a-reuniao-de-negociacao/), foram discutidos principalmente os pontos condicionantes de negociação apresentados pelos estudantes, ligados ao fornecimento de água e luz no prédio da reitoria, à não punição dos manifestantes e ao não cancelamento do semestre letivo.Sobre isso, a reitoria apresentou três propostas de acordo. As propostas incluem, também, uma formulação a respeito de estatuinte. Todas devem ser submetidas à assembleia estudantil. Segue transcrição:

“1 – A reposição das aulas não ministradas durante a vigência da greve é competência da Comissão de Graduação, dos demais colegiados de ensino das Unidades afetadas e do Conselho de Graduação da Pró-Reitoria de Graduação, aos quais cabem deliberar o calendário. Será fortemente recomendado por esta Comissão sejam envidados todos os esforços para evitar o cancelamento do semestre letivo.
2 – Como já foi discutido e deliberado em reunião do Co em 01/10/2013, a proposta de “Estatuinte” livre, autônoma e democrática está prevista para ser examinada na primeira reunião desse colegiado de 2014, onde deverá ser estabelecido um calendário de discussão.
3 – A religação da água e luz no prédio da Administração da Reitoria fica condicionada à desocupação da torre da Praça do Relógio.”

O ponto mais importante da reunião, entretanto, foi a apresentação do conjunto das propostas estudantis. Ontem, os estudantes puderam apresentar todas suas reivindicações, incluindo os temas ligados à democracia (com a exigência de eleições diretas já e de um processo estatuinte com real participação estudantil e da comunidade universitária, diferente do modelo proposto pela universidade), à permanência estudantil (com destaque à garantia de devolução, com apresentação de prazos, dos blocos K e L) e à repressão (com a exigência de nenhuma punição aos que estão se mobilizando, encerramento dos processos na universidade, reintegração dos estudantes eliminados e fim do convênio com a PM).

Em relação a todos estes temas, a universidade se comprometeu a apresentar respostas na próxima reunião, agendada para terça-feira (29) às 10h no CRUESP.

Por isso, queremos apresentar uma reflexão ao conjunto dos estudantes: está claro na universidade um cenário de avanço de nosso movimento. Nessa semana, o campus de São Carlos aderiu à greve, em assembleia com quase 2000 presentes. O IGC deliberou também pela greve. Novos cursos têm realizado importantes paralisações, como a FSP na 2ªf. Seguimos com a realização de atos, assembleias e com uma ocupação de reitoria viva e dinâmica.

Este não é o momento de retroceder. Entramos agora, nos próximos dias, em momentos decisivos para que nossas vitórias sejam alcançadas. Devemos ampliar a mobilização, pressionar para que a reitoria atenda às nossas demandas e vencer. Hoje, a responsabilidade pela resolução dos conflitos políticos na USP é inteiramente de sua administração. As propostas estudantis são legítimas e políticas, reconhecidas pela Justiça e também por negociação administrativa na USP: cabe à universidade acatá-las.

Lamentamos, por exemplo, que, ontem pela manhã, o reitor da USP e seu chefe de gabinete tenham tentado fugir de compromissos com o próprio Poder Legislativo de São Paulo (https://www.dceusp.org.br/2013/10/rodas-foge-de-audiencia-publica-e-chefia-de-gabinete-tenta-se-esconder-da-representacao-da-alesp/). Em relação às pautas estudantis, tal postura não pode se repetir. A obrigação da universidade é atender às pautas dos estudantes, e nossa mobilização seguirá até que isso se dê.

Aos estudantes de toda USP dizemos claramente: estejam atentos, mobilizem-se, lutem e tenham a necessária paciência de pressionar a reitoria da universidade até a próxima negociação, em 29/10. Dessa maneira, sabendo que não confiamos na reitoria, e sim em nossa luta, podemos preparar nosso movimento para que tenhamos vitórias, derrotando a reitoria, atingindo a democracia na universidade e melhorando a vida de todos os estudantes.

TODOS À ASSEMBLEIA GERAL DE HOJE, 24/10, ÀS 18H EM FRENTE À REITORIA

 

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