Em defesa do meio ambiente! Contra as alterações do código florestal e a usina de belo monte!
08 de agosto de 2011, 00:23
Tudo isso por interesses individuais. O que produzem são commodities a serem exportadas como matéria prima para outros países, e não alimentos para o povo. Dessa forma, o modelo de agronegócio que saiu ganhando com o projeto aprovado na Câmara é um modelo de política agrícola e agrária insustentável social e ambientalmente. Se essas mudanças forem aprovadas, o Brasil terá concedido uma verdadeira licença para desmatar.
Outro ataque ao meio ambiente é a construção da usina de Belo Monte, o maior projeto do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Com as supostas vantagens ambientais das hidrelétricas, por não serem emissoras diretas de CO2, usarem uma fonte renovável de energia e com os argumentos da necessidade de se ampliar a geração de energia para desenvolver a região e o país como um todo, esse projeto é defendido por diversos setores da sociedade. Entretanto, devemos atentar para os reais interesses por trás de sua construção e as consequências disso. É notório que a população de nosso país necessita de energia, a exemplo de algumas cidades que não têm energia elétrica ou possuem fornecimento inadequado. Porém se as hidrelétricas brasileiras existentes fossem repotenciadas evitando perdas na transmissão e nas redes de distribuição de energia e se fosse renovado o parque tecnológico das mesmas não haveria necessidade de se construir novas hidrelétricas para atender as demandas energéticas de nosso país. O Brasil, entretanto, é um grande exportador de produtos de setores eletrointensivos (que consomem um enorme quantidade de energia em seu processo industrial, como alumínio, aço, papel e celulose). Assim, a energia produzida em Belo Monte servirá aos interesses de grandes empresas como Votorantin, Gerdau, entre outras e não para abastecer os consumidores domésticos. Sua construção representa um grande risco ambiental, sem contar que a usina será ineficiente do ponto de vista energético, produzindo bem menos que os 11 mil MW prometidos. Outro agravante são as consequências para as populações locais. Cerca de 30 mil pessoas serão diretamente afetadas, perdendo suas casas e terras, o que se torna ainda mais problemático se pensarmos nas populações tradicionais, que tem a sua cultura diretamente ligada à região que habitam. Estima-se que 100km de rio secarão com a construção, mais uma vez atingindo populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
O momento é de juntar forças e discutir com toda a população para construir um movimento forte que dê respostas à esses ataques ao meio ambiente e ao povo. Ataques esses que só servem aos interesses de grandes empresas. É preciso combater esse modelo de produção e estrutura fundiária, bem como esse desenvolvimentismo a qualquer custo. É esse modelo de produção e desenvolvimento que destrói o meio ambiente e mata camponeses, como Zé Cláudio, Maria do Espírito Santo e tantos outros, passando por cima de tudo e todos que se colocam no seu caminho para o lucro. É necessário que nós, estudantes, nos envolvamos nas discussões e participemos dessa luta, em favor da preservação ambiental e de um projeto de nação a serviço do povo e do meio ambiente. Não podemos deixar que interesses de alguns pequenos setores se sobreponham aos interesses da grande maioria.
Nos colocamos contra as mudanças no Código Florestal e exigimos que as discussões sejam feitas com toda a sociedade de maneira ampla e transparente. Da mesma maneira, exigimos que a construção da Usina de Belo Monte seja interrompida e que todos os elementos que mostram a atrocidade que isso representa sejam levados em conta. O campo brasileiro deve alimentar e dar trabalho para o povo brasileiro, e não lucro para o grande capital! A água e a energia que produzimos não devem ser tratados como simples mercadoria, servindo à grandes empresas, mas como patrimônio de todos, para a soberania do povo.
No dia 20 de agosto será realizada uma grande manifestação simultânea e internacional em favor do rio Xingu e contra as alterações do código florestal. Diversos estados brasileiros e vários países irão participar dessa manifestação. Em São Paulo o evento se realizará na Avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) a partir das 13h. Compareça!
Em defesa do meio ambiente!
Em defesa do Código Florestal!
Contra a construção de Belo Monte!
TEM QUE LUTAR CONTRA MESMO…ISSO E UMA “MELECA” QUE ESTAO TENTANDO COLOCAR NO BRASILL…
Muito boa a matéria publicada pela DCE. A defesa do meio ambiente é fundamental para que não só o Brasil, mas por consequência o mundo, ganhe mais condições de se viver. E isso inclui todos os humanos, sem depender de etnia, gênero, religião, crença, classe sócio-econômica, orientação sexual… TODOS SAEM GANHANDO COM ISSO, E DE FORMA JUSTA.
Olá! Moro em Brasília, e gostaria de saber se haverá o manifesto no dia 20/08 e onde seria, afinal como estamos no centro do poder temos que nos manisfestar também!