Nota da Gestão Todas as Vozes sobre o cartaz da festa “Obscênicas”
09 de maio de 2011, 01:00
Durante as últimas semanas, @s estudantes do campus Butantã da USP têm se deparado com o cartaz de divulgação da festa “Obscênicas”. A festa, que tinha como intuito levar o debate sobre liberdade sexual, traz uma imagem de uma mulher nua com uma fruta cortada entre suas pernas fazendo forte referência ao órgão genital feminino. A gestão Todas as Vozes vem por meio desta nota rechaçar o conteúdo machista deste cartaz que, no nosso entendimento, não pauta a liberdade sexual da mulher mas sim reforça uma imagem de submissão dela e de seu corpo perante o homem.
Vale lembrar que este não é um caso exclusivo. Diariamente nos deparamos com cartazes de cunho machista pela Universidade que são tidos como “naturais” e não olhados de forma crítica. A publicidade das festas universitárias, refletindo uma lógica que impera na nossa sociedade, colocam a mulher como mercadoria cujo corpo não passa de um objeto de desejo para os homens. É preciso combater fortemente esse tipo de prática dentro e fora da Universidade.
Vale lembrar que este não é um caso exclusivo. Diariamente nos deparamos com cartazes de cunho machista pela Universidade que são tidos como “naturais” e não olhados de forma crítica. A publicidade das festas universitárias, refletindo uma lógica que impera na nossa sociedade, colocam a mulher como mercadoria cujo corpo não passa de um objeto de desejo para os homens. É preciso combater fortemente esse tipo de prática dentro e fora da Universidade.
Denunciar esse tipo de publicação é nos postular como mulheres autônomas e que tem direito de decidir pelo seu corpo. Achamos importante que vias de diálogo e debate sejam sempre abertas com homens e mulheres para que possamos, junt@s, cada vez mais nos libertar de padrões machistas e opressores da nossa sociedade. Por isso, a gestão apóia toda a forma de organização dentro e forma da universidade para discutir o assunto.
Cadê o cartaz? Cadê os argumentos? Por fazer “forte referência ao órgão genital feminino”, automaticamente a imagem se torna machista?
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