Falta de segurança: a USP precisa apontar soluções reais!
30 de maio de 2011, 01:45
No último 18 de maio, a USP assistiu ao resultado mais cruel da falta de segurança pública na Cidade Universitária. Felipe Ramos de Paiva, estudante da FEA, pagou uma conta que não era sua, mas sim da ausência de planejamento urbano, de segurança e de integração com a sociedade pela qual passa hoje a universidade. Este fato chocou toda a USP e recebeu destaque até mesmo fora da Universidade. O DCE lamenta profundamente o acontecido e oferece solidariedade a parentes e amigos.
A ocorrência de crimes na USP não é novidade. No início do ano, uma onda de sequestros relâmpagos aconteceu na universidade. O número de ocorrências criminais no campus Butantã passou de 25 em janeiro para 77 em abril de 2011, o que demonstra a incapacidade (ou mesmo a indisposição) da atual gestão da USP em garantir a segurança pública.
Mas até quando a administração da USP vai se eximir da responsabilidade de debater segurança? A USP é uma instituição autônoma e deve resolver seus problemas com responsabilidade, democracia e independência. Não é o que se tem visto. Há anos os estudantes reivindicam medidas básicas de segurança na Cidade Universitária, como melhor iluminação de ruas e o treinamento efetivo da Guarda Universitária, e não são atendidos. Em contrapartida, a reitoria da USP prioriza medidas de outro caráter, como o gasto de mais de R$ 20 milhões na compra de imóveis fora dos campi da USP outros R$ 240 milhões em obras de interesse duvidoso como um novo centro de convenções.
A reitoria precisa assumir suas responsabilidades! Exigimos soluções concretas!
Está na hora de a reitoria da USP assumir a responsabilidade pela violência dentro da universidade. Medidas preventivas são necessárias e urgentes, como a iluminação das ruas, o aumento no efetivo e treinamento da Guarda Universitária. Também é fundamental aumentar o número e a circulação de ônibus circulares. Mais do que isso, é necessário fortalecer a USP como um espaço verdadeiramente público e democrático. É preciso evitar soluções falsas e imediatistas, que buscam apenas acalmar os ânimos de setores da sociedade, mas não garantem que a USP, de fato, resolva seus problemas.
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