Curso de Engenharia da Computação da POLI e Curso de Administração Pública da FEA na USP Leste? Como fica o curso de Gestão de Políticas Públicas na EACH? Quem decide?
09 de maio de 2011, 00:59
No dia 2 de maio, @s estudantes e professores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades se surpreenderam com a seguinte manchete de jornal “Poli e FEA estudam levar cursos para a USP Leste”. Não somos contra o aumento de vagas na universidade pública, mas trazemos alguns questionamentos a seguir:
Em primeiro lugar, onde fica o curso de Gestão de Políticas Públicas nisso? O DCE-Livre da USP teve acesso a um ofício da reitoria pedindo a criação do curso de Administração Pública que foi discutido na última CG (Conselho de Graduação) da FEA. Como podemos perceber, nele não fica claro de onde viriam @s professoras/es, qual seria a estrutura necessária e nem fica claro o futuro do curso de GPP. E não é só o nome que muda. A proposta pedagógica, o currículo e o foco são diferentes.
O mais interessante é que há um mês um relatório de avaliação dos cursos da EACH, que ficou conhecido como “Melfi”, dizia que vagas dos atuais cursos deveriam ser cortadas por falta de salas e propunha o fechamento do curso de obstetrícia. Cadê a coerência?
Foi também neste último mês que @s alun@s da EACH construíram um movimento consequente e amplo contra as reformas antidemocráticas nos cursos que estavam sendo propostas. Vitórias importantes foram conquistadas. Essa reportagem é um exemplo que devemos continuar atent@s. Sem nenhum tipo de debate, a diretoria da EACH soltou um comunicado dizendo que vê com “bons olhos” a criação desses cursos sem nenhum debate com a comunidade universitária e mais uma vez um curso está em risco.
Em segundo lugar, a criação desses cursos também surpreendeu alun@s e professoras/es das demais unidades citadas. Na POLI, a transferência do curso de Engenharia de Computação foi debatida e negada no conselho departamental do mesmo. Na FEA, a solicitação do reitor também foi debatida e um grupo de trabalho já foi criado na CG. Em ambos os casos, os pedidos foram feitos diretamente pelo reitor João Grandino Rodas já pro vestibular em 2012. Em ambos os casos, essa solicitação gerou desconforto nas unidades e não haverá mudanças para a FUVEST deste ano.
Não podemos esquecer que a USP está passando por uma reforma curricular. Desde o final de 2010, foi aprovado um documento de diretrizes para a graduação no CO (Conselho Universitário). Desta forma, cursos podem ser reavaliados, criados, transferidos ou extintos na nossa universidade. A gestão “Todas as Vozes” reafirma a necessidade de barrarmos as reformas excludentes no vestibular e antidemocráticas nos cursos na USP!
Confira o ofício AQUI!
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